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Associação de variáveis sociodemográficas e clínicas com os tempos para início do tratamento do câncer de próstata

Resumo

Disparidades na atenção ao câncer de próstata têm sido reveladas e associadas a fatores sociodemográficos e clínicos, os quais determinam os tempos para diagnóstico e início do tratamento. O objetivo deste artigo é avaliar a associação de variáveis sociodemográficas e clínicas com os tempos para o início do tratamento do câncer de próstata. Estudo de coorte longitudinal prospectivo utilizando dados secundários, cuja população é de homens com câncer de próstata atendidos nos períodos de 2010-2011 e 2013-2014 no Hospital Santa Rita de Cássia, Vitória, Espírito Santo, Brasil. A população do estudo foi de 1.388 homens, do total, os com idade inferior a 70 anos (OR = 1,85; IC = 1,49-2,31), não brancos (OR = 1,30; IC = 1,00-1,70), com menos de oito anos de estudo (OR = 1,52; IC = 1,06-2,17) e encaminhados pelos serviços do Sistema Único de Saúde (OR = 2,52; IC = 1,84-3,46) apresentaram maior risco de atraso no tratamento. Da mesma forma, quanto menor o escore de Gleason (OR = 1,78; IC = 1,37-2,32) e os níveis de Antígeno Prostático Específico (OR = 2,71; IC = 2,07-3,54) maior a probabilidade de atraso para iniciar o tratamento. Portanto, as características sociodemográficas e clínicas exerceram uma forte influência no acesso ao tratamento do câncer de próstata.

Palavras-chave
Acesso aos serviços de saúde; Equidade em saúde; Tempo para tratamento; Câncer de próstata

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