Resumo
O objetivo deste artigo é verificar a prevalência e fatores associados a sintomas depressivos em idosos institucionalizados. Trata-se de um estudo epidemiológico com delineamento transversal, composto por 42 idosos de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). A coleta de dados foi realizada no período de abril a dezembro de 2014 por meio de um questionário com informações sobre aspectos demográficos e socioeconômicos, a Escala de Depressão Geriátrica em versão reduzida (EDG-15) e o Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Dos idosos estudados, 54,8% apresentaram sintomas depressivos, predominando o sexo feminino com 64,7%. Houve associação significativa entre sintomas depressivos e as variáveis: aposentado (p = 0,043); incontinência urinária (p = 0,028); autopercepção de saúde (p-valor = 0,042) e qualidade do sono (p-valor = 0,000). O estudo verificou alta prevalência de sintomas depressivos em idosos institucionalizados, associado às variáveis presença de incontinência urinária, autopercepção de saúde (negativa), qualidade de sono (ruim) e aposentadoria (sim). Através do estudo e diante das necessidades enfrentadas por essa população, faz-se necessário a busca por medidas que atuem diretamente nas variáveis modificáveis, prevenindo e tratando-as.
Palavras-chave
Envelhecimento; Idoso; Depressão; Institucionalização