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Risco gestacional e desigualdades sociais: uma relação possível?

Resumo

O objetivo do estudo é analisar a associação entre as desigualdades sociais e o risco gestacional em regiões administrativas do estado do Espírito Santo. Estudo transversal, com base em duas regiões administrativas do estado do Espírito Santo. A amostra foi composta por 1.777 mulheres que realizaram o pré-natal nos municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV-ES) e Microrregião de São Mateus internadas nos estabelecimentos da rede pública de saúde, por ocasião do parto, entre 2010 e 2012/2013. Realizou-se Regressão Logística Multivariada para testar a associação entre variáveis sociais e risco gestacional. As variáveis que apresentaram nível de significância menor que 20% no teste Qui-quadrado foram utilizadas para o modelo final, permanecendo aquelas com significância menor que 5%. Encontrou-se associação entre alto risco gestacional e o local de moradia da mulher na RMGV-ES (OR = 1,74; IC 95% 1,32-2,28), a chefia da mulher na família (OR = 3,03; IC 95% 1,64-5,61), a escolaridade da chefia familiar menor que cinco anos (OR = 1,58; IC 95% 1,14-2,20) e o recebimento do benefício social “Bolsa Família” (OR = 1,46; IC 95% 1,04-2,03). Apesar de algumas variáveis sociais comporem a classificação do risco gestacional, outros fatores sociais revelaram-se como produtores do risco gestacional.

Palavras-chave
Desigualdades em saúde; Gravidez de alto risco; Gravidez

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