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Síndrome lipodistrófica do HIV e seus fatores associados: um estudo em um hospital universitário

Resumo

O uso de antirretroviral aumentou a sobrevida dos portadores do HIV, porém pode acarretar efeitos colaterais, como a síndrome lipodistrófica. O objetivo deste artigo é identificar a frequência da síndrome lipodistrófica e seus fatores associados em pacientes portadores do HIV em uso de terapia antiretroviral. Estudo transversal com pacientes acompanhados ambulatorialmente. A síndrome foi avaliada pela associação de dois parâmetros: emagrecimento periférico através da escala de gravidade de lipodistrofia e acúmulo de gordura central, mensurado pela relação cintura quadril. Para identificar as variáveis associadas foi realizada a análise de Regressão de Poisson. Dos 104 pacientes avaliados, 27,9% apresentaram a síndrome. Após ajuste, ser do sexo feminino (RPajustada = 2,16 IC95%1,43-3,39), ter excesso de peso (RPajustada = 2,23 IC95%1,35-2,65) e um maior tempo de uso dos antirretrovirais (RPajustada = 1,64 IC95%1,16-2,78) permaneceram positivamente associados à síndrome. Por outro lado, foi observada uma associação negativa com a contagem de CD4 £ 350 (RPajustada = 0,39 IC95%0,10-0,97). A alta prevalência da síndrome e sua associação com grupos específicos reforçam a necessidade do adequado acompanhamento e identificação precoce como forma de intervir nos fatores modificáveis.

Palavras-chave
Lipodistrofia; AIDS; Antropometria; Terapia antirretroviral

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