Partindo de uma experiência literária, o presente texto se propõe a tecer algumas considerações sobre os seguintes questionamentos: o que é a leitura e a quem podemos denominar de leitor? A biblioteca é, de fato, um espaço capaz de ampliar os recursos que dispomos, para compreender e interpelar o mundo e a realidade que nos cerca? Para tanto, adota como premissas que a leitura não se configura enquanto prática de busca e de reprodução acrítica de sentidos previamente fixados pelo produtor de uma dada obra e que todo leitor deve ser compreendido como um sujeito autônomo, que circula e se apossa livremente do texto, criando, a partir de seus anseios, habilidades cognitivas e lugar social, interpretações próprias para o signo que manipula. Signo originado e preservado pelas mais distintas esferas culturais, com especial destaque para as bibliotecas, uma vez que estas se portam como pouso seguro para todos os delírios, sonhos, paixões, aventuras e desventuras da alma humana. Razão pela qual adquirem, e é isto que se pretende defender, a capacidade de encantar, fascinar e seduzir até mesmo o mais intransigente dos usuários, tal qual o fez com o protagonista da narrativa aqui enfocada.
Biblioteca; Biblioteca - Leitura; Leitura - Prática social; Leitura - Produção de sentido; Biblioteca - Prática cultural