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Ser-estar no sertão: capítulos da vida como filosofia visceral

Being and living in the wilderness: chapters of life as visceral philosophy

Ser-estar en el semiarido: capítulos de la vida como filosofía visceral

Uma pesquisa etnográfica no sertão cearense, o conceito de mimese corpórea em produção teatral e um filme documentário sobre rastejadores de cangaceiros na caatinga do Ceará, Brasil, são pontos de partida, neste texto, para uma discussão sobre a natureza do processo de “leitura de sinais” no mundo. As reflexões apresentadas sugerem que tais processos sejam entendidos menos como interpretação ou decodificação, e mais como um saber mover-se, no qual o compartilhamento existencial – em especial, a ingestão de substâncias – é elemento fundamental. Os materiais analisados apontam, ainda, para o fato de que a direcionalidade implicada em tal saber mover-se é recorrentemente entendida como dimensão visceral. As vísceras, desse modo, transformam-se em locus privilegiado da experiência e ação no mundo, sendo superfície de contato e equipamento transformador ao mesmo tempo. Tal perspectiva traz novas e instigantes oportunidades à teoria social.

Vísceras; Profetas da chuva; Semiótica; Sertão; Ecologia


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