Resumo
A complexidade das necessidades de saúde da população exige cada vez mais a qualificação para o trabalho colaborativo no Sistema Único de Saúde (SUS). Este artigo tem como objetivo refletir sobre possibilidades, limites e desafios do uso da análise institucional de práticas profissionais como dispositivo para a formação interprofissional em um programa de residência multiprofissional em saúde. Foi realizada uma pesquisa-intervenção com apoio no referencial teórico-metodológico da análise institucional, de cunho participativo, que possibilitou o encontro de subjetividades por meio do exercício da autoanálise, reconhecimento de não saberes e necessidades de formação, exercício da escuta coletiva e análise de possibilidades de compartilhar saberes e papéis. Ainda, foi possível evidenciar as contradições do contexto de trabalho e aspectos das relações interprofissionais que por vezes impõem limites às práticas colaborativas.
Palavras-chave:
Educação interprofissional; Residência em saúde; Análise institucional; Saúde Coletiva