1. Promoção da saúde como prestação de serviço |
Diversas atitudes podem ser consideradas promotoras de saúde, como uma alimentação saudável, exercícios físicos, dormir o suficiente todas as noites, não fumar, não beber em excesso, etc. É importante o papel da imprensa na promoção da saúde porque as pessoas precisam de informação sobre prevenção; o jornal é muito focado em serviços para o leitor, incluindo como ele deve exercer as atividades. Sempre que alguma doença é abordada, há a preocupação em mostrar como o mal pode ser prevenido. |
2. Foco nas recomendações |
O rol de temas é bem amplo: alimentação infantil, benefício de algum alimento específico para a saúde, dieta equilibrada, entre outros. Novas descobertas na área sempre têm uma pauta de qualidade voltada à alimentação e à saúde do corpo. Outros temas abordados incluem dietas, como tornar a alimentação mais saudável, quais alimentos devem ser cortados e incluídos, atitudes não recomendadas na alimentação, alimentos recomendados para tratar/prevenir problemas de saúde/doença e o perigo de determinado grupo de alimentos. Além disso, pesquisas que descobrem um benefício sobre alimentos sempre rendem materiais interessantes. |
3. Alimentação saudável baseada na ingestão (ou não ingestão) de alimentos, sem espaço para comensalidade |
Alimentação saudável é uma dieta baseada em alimentos naturais, incluindo todos os nutrientes (proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais). É preciso colocar todos os grupos de alimento e comer pouco. É considerado saudável “tentar se segurar” e equilibrar os alimentos que alguém gosta de comer e os importantes para o bom funcionamento do organismo. Para uma alimentação saudável, deve-se beber muita água, evitar fritura, gordura, açúcar refinado, alimentos ultraprocessados e álcool. |
4. Alerta para novidades da moda |
Alimentação saudável é aquilo que se conhece, porém, todos os dias muda o que é ou não considerado saudável. Existem também muitas informações divergentes entre os próprios médicos. |
5. Ausência da saúde pública na editoria de Saúde |
Foi necessário parar de “fazer saúde pública”, uma vez que é preciso estar na rua; e ir para hospital, posto de saúde e UPA, mesmo sob sol e chuva, semelhante ao conhecido como “reportagem clássica”. Essa outra saúde que se passou a fazer, que é a saúde de consultório, é algo possível de se fazer por telefone. Não é para se fazer algo terrível, um problema do SUS. É para ser uma matéria mais leve mesmo, normalmente de promoção da saúde. |
6. Prioridade do discurso científico |
O texto deve ter embasamento científico e ser respaldado por especialistas que estudem o assunto. Artigos científicos são um bom começo de apuração, porque dão ao jornalista um panorama técnico e evitam erros. É necessário sempre trabalhar a pesquisa, o dado e os números ouvindo um especialista, uma orientação de um profissional credenciado, universidade ou alguma entidade respeitada, porque isso chancela a informação. É importante ouvir especialistas, como nutrólogos, nutricionistas e médicos de outras especialidades que estudem o tema (endocrinologistas, clínicos gerais, etc.) |
7. A população como personagem dá credibilidade ao texto |
Histórias reais fazem com que as pessoas acreditem no que se conta e faz com que elas procurem repetir o exemplo. Histórias de superação são muito boas porque você mostra que é possível. Ajuda na promoção da saúde ter exemplos que mostram que aquilo é importante, humanizando o contexto. |
8. Crítica ao trabalho que, em tese, promove a saúde |
A promoção da saúde configura todas as ações voltadas à prevenção de doenças. Reportagens publicadas em sites, jornais e revistas muitas vezes alcançam mais a população do que ações educativas e de promoção a saúde, sendo, sem dúvida, um veículo estratégico para a promoção da saúde da população. Existe joio e trigo nas matérias sobre alimentação. Há reportagens excelentes, com base científica, mostrando prós e contras. A maior parte do noticiário de saúde é para a alimentação, atuando de modo benéfico e com informações de verdade, que vão ajudar o leitor a comer de modo saudável. Porém, existem também reportagens que atuam de modo maléfico, como foco em dietas “da moda”, “do líquido” e “de cabeça para baixo”. Nesse caso, não há preocupação em promover a saúde do leitor, mas sim em vender jornais/revistas ou aumentar o número de cliques no site. |