O artigo procura investigar os pressupostos epistemológicos que nortearam o Sistema Nacional de Avaliação Superior – Sinaes, implantado no Brasil em 2004, a fim de demonstrar um percurso que chega a Kant, quando examinados os princípios dispostos no documento original do Sinaes, e outro, aparentemente oposto, até Descartes, quando observada a práxis avaliativa do sistema. Argumenta-se acerca desta natureza polar do Sinaes, e a consequente insatisfação da comunidade acadêmica em relação a esta ruptura entre princípios e efetivação. Ao final propõem-se algumas possibilidades para iniciar uma superação desta dualidade, tendo como base o tripé em que se assenta o sistema, e a posição central da autoavaliação institucional frente aos outros dois pilares, a avaliação dos cursos de graduação e o exame nacional de desempenho do estudante.
Avaliação institucional; Sinaes; Epistemologia