Objetivos:
Estimar a magnitude da associação entre a exposição a resíduos de pesticidas organoclorados (OC) e alterações de marcadores hepáticos.
Método:
Estudo seccional conduzido em população exposta a OC residente em Cidade dos Meninos,
Duque de Caxias (RJ), Brasil (n=354). Foram calculadas as taxas de alterações dos marcadores hepáticos (Alanina aminotransferase (ALT), Aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina, gama glutamil transpeptidase (GGT) e albumina) e, em seguida, por meio de regressão logística binária não condicional, foi estimada a associação entre a presença ou não de alterações e os grupos de exposição, criados com base na exposição a alimentos, solo e água contaminados no local. Razões de chance (Odds ratio - OR) brutas e ajustadas para os grupos de exposição e para os fatores de confusão e seus respectivos intervalos de confiança (IC95%) foram obtidos.
Resultados:
Após ajuste pela regressão logística, os resultados do presente estudo apontam para nenhuma associação entre alterações em enzimas hepáticas e a exposição a OC.
Conclusão:
O achado sugere que o metabolismo que envolve a distribuição e a biotransformação de OC no organismo não envolve toxicidade direta ao fígado.
inseticidas organoclorados; gastroenterologia; disruptores endócrinos; Brasil