Resumo
Introdução
Apesar dos esforços, a mortalidade por câncer de mama se mantém elevada no Brasil e é mais frequente em regiões em que o acesso aos serviços de saúde é dificultado ou inexistente. Uma das recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para reduzir a mortalidade é melhorar o acesso ao diagnóstico, realizando-o em até 60 dias após a suspeita.
Objetivo
Estabelecer o tempo decorrido (em dias) entre a suspeita e o diagnóstico do câncer de mama, subdividindo os intervalos entre os eventos: consulta médica na atenção básica; mamografia ou ultrassonografia; consulta médica especializada; biópsia; consulta médica para conclusão do diagnóstico.
Métodos
Estudo descritivo e seccional, realizado com 45 mulheres atendidas em um serviço público de saúde, com diagnóstico de câncer de mama efetivado em 2013.
Resultados
A média da demora foi de 142,6 ± 10,1 dias (12-451), com 60% dos diagnósticos efetivados entre 120 e 180 dias, e chance de efetivação do diagnóstico em até 60 dias para 8,9% da amostra.
Conclusão
Há necessidade de implementação efetiva das linhas de cuidado na rede de atenção oncológica, com pactuação dos fluxos entre os serviços para agilizar o acesso à assistência integral às mulheres.
Palavras-chave:
neoplasias da mama; saúde da mulher; política de saúde