Resumo
Introdução
O uso de substâncias psicoativas vem aumentando entre mulheres em virtude de discriminação, frustrações e violação de direitos. Esse tema está na pauta do debate sobre a atual política brasileira de saúde mental e de saúde à mulher, imerso em tensões por causa das novas propostas de financiamento público.
Objetivo
O objetivo do estudo foi o de descrever, na perspectiva da mulher usuária de substância psicoativa, quais características do cuidado em saúde no pré-natal são desejadas.
Método
Em atividade extensionista articulada ao programa formativo brasileiro PET-Redes de Atenção, desenvolveu-se este estudo exploratório e qualitativo com 19 mulheres usuárias de substâncias psicoativas por meio de questionário e entrevista semiestruturada.
Resultados
Os resultados revelaram dissonância entre o cuidado recebido e o desejado. Este último alinha-se à perspectiva dialógica e integral, como previsto no Sistema Único de Saúde. O relato das mulheres mostra a presença do estigma social, que é o desafio a ser enfrentado.
Conclusão
Avalia-se que o cuidado em saúde para gestantes em uso de substâncias psicoativas precisa assumir uma perspectiva dialógica, integral e multifacetada, assim como se faz premente o combate ao estigma social e a necessidade de novos estudos nessa temática.
Palavras-chave:
transtornos relacionados ao uso de substância; atenção integral à saúde; saúde da mulher; saúde materno-infantil; planejamento familiar; saúde mental; estigma social