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Gênero como marcador das relações de cuidado informal em saúde mental

Gender as a marker of informal care relations in mental health

Resumo

Introdução

A interface do gênero enquanto importante categoria no âmbito da saúde mental ainda é incipiente, ocasionando uma reificação de práticas que reproduzem desigualdades e assimetrias entre homens e mulheres cuidadores/as no contexto da atenção em saúde mental no Brasil.

Objetivo

Discutir como o gênero tem marcado as práticas de cuidado desempenhadas pelas famílias, por meio da identificação de diferenças quanto ao perfil sociodemográfico, ao desenvolvimento das atividades de cuidado e às suas repercussões na vida dos familiares de acordo com o sexo dos indivíduos.

Método

Estudo transversal conduzido com 1.242 familiares de usuários/as de Centros de Atenção Psicossocial. Verificou-se a prevalência de cada estrato das variáveis de acordo com o sexo dos indivíduos estudados utilizando o teste qui-quadrado para heterogeneidade.

Resultados

Aspectos, como ausência da divisão da atividade de cuidado, sentimento de sobrecarga, avaliação ruim da qualidade de vida, insatisfação com as relações familiares e manifestação de transtornos psiquiátricos menores, foram mais prevalentemente encontrados entre as mulheres.

Conclusão

Há diferenças importantes entre homens e mulheres cuidadores/as em saúde mental, em especial no que diz respeito às repercussões do cuidado na vida dessas pessoas.

Palavras-chave:
gênero e saúde; cuidadores; saúde mental; serviços comunitários de saúde mental

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