Aborda-se um conflito entre pequenos proprietários rurais e uma empresa mineira durante a década de 1970 numa aldeia do interior, região ao centro de Portugal. Analisa-se a oposição popular à extração mineira a partir da memória social da destruição dos recursos agrários e da paisagem. A par da conjuntura política dos anos de 1970, explora-se o papel dos elementos ecológicos na estruturação da retórica e ação resistente. O artigo resulta de uma investigação que combina os marcos antropológico e histórico, onde a abordagem etnográfica enlaça a pesquisa documental em arquivos de empresas, estatais e locais.
Resistência; Indústria mineira; Paisagem