O texto problematiza os desafios postos aos gestores públicos que lidam com a necessidade de gerir recursos para apoio a projetos de educação ambiental relacionados à gestão de recursos hídricos. As questões centrais apresentadas são: "Qual Educação Ambiental (EA) cabe fomentar?", "Que concepção de recurso hídrico estamos assumindo?" e "Quando um projeto de EA tem a ver com recursos hídricos e vice-versa?". Estas questões são respondidas a partir do reconhecimento da legitimidade e necessidade do Estado em assumir seu papel coordenador, seletivo e indutor, e à luz de diversos estudos de caso. Argumenta-se que não basta ao Estado fomentar projetos, sendo necessário que esse mesmo Estado se estruture para ser capaz de conhecer e avaliar a magnitude e a distribuição das diferentes modalidades de apoio concedidas, assumindo também um papel investigativo de sua própria ação e prática. Acredita-se assim poder manter a coerência entre os resultados das ações e os princípios geradores das mesmas, atendendo ainda os objetivos fundamentais da educação ambiental expressas na Política Nacional de Educação Ambiental.
educação ambiental; recursos hídricos; Estado; empoderamento; participação social