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PLANEJAMENTO URBANO, AGENTES E REPRESENTAÇÕES: CRIAÇÃO DO BANHADO, CARTÃO POSTAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS* * Os autores agradecem à comunidade do Banhado por sua receptividade e contribuição para a pesquisa, bem como aos editores da revista pela criteriosa revisão e aprimoramento deste artigo.

Resumo

Este trabalho, fruto de pesquisa histórica e sociológica, é uma análise exploratória do Planejamento Urbano como sistema simbólico. Por meio de um estudo de caso, com análise documental, investiga o poder simbólico contido nos planos de intervenção urbana propostos para o Banhado de São José dos Campos - SP, área de proteção ambiental que abriga uma comunidade de traços urbano-rurais e tem sido alvo de diversas propostas de planejamento urbano nos últimos 60 anos. A análise evidenciou que o ideário e as ações do planejamento urbano contribuem, historicamente, para a construção de uma representação social que idealiza a paisagem e a destitui das pessoas que a habitam. Esse posicionamento é reforçado pela produção acadêmica e influencia e direciona proposições segregacionistas do uso e manejo da unidade de conservação urbana, formalizadas nos planos diretores.

Palavras-chave:
Planejamento Urbano; Sistema Simbólico; Paisagem; Banhado; São José dos Campos.

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