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SECURITIZAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O RISCO DO EXAGERO

Resumo

Esta contribuição tem como foco a “promoção” da “crise climática”, para seus principais públicos, tanto no âmbito internacional como no plano doméstico. O olhar é para os mecanismos de enquadramento dessa crise, seu público e sua repercussão, bem como seu desenvolvimento ao longo do tempo, em dois casos: o do Reino Unido, na sua relação com o Conselho de Segurança da ONU, e o da Comissão Consultiva Estadual do Delta dos Países Baixos (“Comissão Delta”), buscando apoio nos Países Baixos para medidas drásticas para lidar com o aumento do nível do mar.

Para isso, aplica-se o quadro conceitual dos estudos críticos de segurança de securitização, com contribuições de estudos de crises e desastres.

Ambos os estudos de caso discutidos mostram um dramático movimento de securitização, no qual as mudanças climáticas são apresentadas como motivo de uma grande crise potencial, que vai prejudicar a todos se não tomarmos medidas urgentes - tanto para a mitigação (redução das emissões de gases de efeito estufa) quanto para a adaptação.

Palavras-chave :
Mudanças Climáticas; Securitização; Desastres; Adaptação; Nações Unidas.

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