Resumo
As hortas comunitárias buscam assegurar a promoção da alimentação saudável e da economia familiar. Contudo, tais espaços demonstram um potencial resgate de vínculos afetivos e promoção da coletividade. Objetivou-se analisar a percepção ambiental e os afetos dos usuários do programa Hortas Comunitárias em uma cidade do sul do Brasil. Foram entrevistados 14 usuários, em sua maioria aposentados e com mais de 60 anos. Adaptou-se o Instrumento Gerador de Mapas Afetivos para tornar os afetos passíveis de interpretação. Na análise de conteúdo constatou-se a percepção de um ambiente que facilita a restauração psicológica, a saúde mental, a qualidade de vida, as interações socioambientais, a produtividade, a alimentação saudável e a economia familiar. Os afetos experimentados foram frequentemente descritos com o sentido de identificar as hortas como ambientes restauradores e promotores de qualidade de vida, importantes mediadores da coletividade e da apropriação do ambiente.
Palavras-Chave
:
hortas comunitárias; mapas afetivos; psicologia ambiental; saúde ambiental