Neste estudo objetivou-se compreender o cotidiano do ser-portador de tuberculose e privado de liberdade.
Métodos:
Optou-se pelo método fenomenológico de pesquisa e a hermenêutica de Martin Heidegger para a análise de 22 entrevistas de homens que vivem com tuberculose em cinco prisões do Estado do Pará, Brasil.
Resultados:
Os resultados desvelaram um cotidiano complexo no qual os doentes significam a doença como uma condição difícil de aceitar, mais difícil que o próprio confinamento.
Conclusão:
Conclui-se que o cotidiano do ser-portador e privado de liberdade, apesar de específico, não é diferente de como vivem todos os seres humanos, imersos na maior parte do tempo no modo cotidiano inautêntico de ser. Para controlar a tuberculose nas prisões, é necessário lidar com as singularidades que envolvem não apenas o processo saúde-doença, mas a dinâmica de vida nestes locais, caracterizada, na maioria das vezes, pela hostilidade e pela violência em suas diversas formas.
Tuberculose; Prisões; Enfermagem; Pesquisa qualitativa