Objetivo:
Compreender a percepção das pessoas com hanseníase em relação ao autocuidado, sob a ótica da complexidade.
Métodos:
Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória alicerçada no Discurso do Sujeito Coletivo (DSC).
Resultados:
Amostra constituída de 15 sujeitos, idade média de 52,3 anos, maioria masculina (66,6%), casados (66,6%) e classificados nas formas polarizadas da doença. Pela síntese do DSC emergiram os temas: ser portador de hanseníase, terapêutica medicamentosa, autocuidado e estilo de vida. O estudo deu visibilidade ao modelo verticalizado, largamente hegemônico na tradição das políticas públicas de saúde, mostrando preocupação em tratar apenas a doença, desconsiderando as relações complexas que a envolve.
Conclusão:
Reconhecer estas limitações e ter estratégias para transformá-las em favor do diálogo entre os membros da equipe interprofissional são desafios para fazer avançar as práticas do autocuidado e do empoderamento do portador em relação ao tratamento e à doença.
Hanseníase; Lepra; Autocuidado; Filosofia em enfermagem