Na preparação do ambiente |
Entregar ao anestesiologista o antibiótico profilático e heparina sódica 5000UI/ml; |
Solicitar a circulante: 01 avental cirúrgico, 02 bacias grandes, 01 cuba rim, 01 fio de algodão 0 sem agulha, 01 impermeável, 01 LAP (dois campos grandes, duas laterais, dois segundos campo), 01 mesa auxiliar, 01 pacote de compressa grande, 02 pares de luvas cirúrgico, 02 pinças backaus, 01 suporte de soro com quatro ganchos ou dois suportes com 02 ganchos cada, 01 lixeira grande com saco de lixo branco leitoso 01 coletor de materiais perfurocortantes. |
No preparo da mesa auxiliar para perfusão |
Expor material na mesa auxiliar na seguinte ordem: 01 LAP, 01 impermeável, 01 avental cirúrgico e 02 pares de luvas cirúrgicas. |
Realizar a degermação das mãos e antebraços; |
Paramentar-se com avental estéril e dois pares de luvas; |
Abrir sobre a mesa auxiliar um campo grande, impermeável e após outro campo grande; |
Cobrir o(s) suporte(s) de soro com campo cirúrgico fixando com a pinça backaus ou com o fio de algodão, assim evitando a contaminação dos equipos na hora da perfusão; |
Organizar uma bacia ao lado da outra com as compressas grandes entre elas; |
Montar o cabo do bisturi com a lâmina nº 24, mantendo-o na posição externa da bacia que se encontra do lado direito; |
Posicionar o martelo entre as bacias, quando não usado; |
Proteger os soros fisiológicos congelados com as compressas e quebrá-los em pedaços pequenos, usando o martelo; |
Utilizar o cabo de bisturi montado para cortar as bolsas de solução fisiológica 0,9% congeladas e raspar os pedaços grandes de gelo, colocando-os em uma das bacias para resfriar a cavidade abdominal logo que inicie a perfusão; |
Montar o sistema de perfusão colocando duas pinças reynald (tubo) em cada equipo, deixando uma pinça próxima ao conta-gotas e a outra abaixo do catabolha; |
Entregar a circulante as pontas dos equipos solicitando que conecte 04 soluções fisiológicas 0,9% geladas em cada ponta e posicione nos ganchos do suporte de soro; |
Desprender as pinças de tubo, cautelosamente, com o objetivo de resfriar e retirar o ar dos equipos. Dessa forma deve preencher apenas metade do catabolha e assim poderá visualizar o fluxo e desprezar a solução na bacia ou cuba rim; |
Colocar na ponta de irrigação do equipo uma sonda nelaton Nº 12 para infundir a solução de preservação pela veia porta e na outra um tubo endotraqueal Nº 06 para infundir a solução de preservação pela artéria aorta, em seguida entregar as pontas do equipo à instrumentadora; |
Entregar para a instrumentadora 02 seringas de 20 ml e uma cuba rim com soro fisiológico 0,9% gelado proveniente do sistema de perfusão, aproximadamente 500 ml para lavar a vesícula retirando a bile; |
Colocar na mesa da instrumentadora, seringa de 20 ml com agulha para coleta do sangue; |
Solicitar ao cirurgião que extraia sangue e material para biópsia antes da perfusão; |
Receber do cirurgião os materiais coletados e executar: |
Entregar o coletor de exame contendo a biópsia para a circulante, solicitando que faça a imersão da peça em formol e depois identifique com o nome do doador, causa da morte, grupo sanguíneo e a data. O frasco com a biópsia deve ser acondicionado em dois sacos plásticos pequenos e colocado na caixa térmica; |
Conectar na seringa a agulha 40X12 e entregar para a circulante solicitando que distribua o sangue em 01 tubo com EDTA, 01 tubo com gel e 01 frasco para hemocultura e depois identificá-los. |
Solicitar à circulante que acondicione os tubos com EDTA e gel em dois sacos plásticos pequenos e na caixa térmica, depois colocar o frasco com sangue para hemocultura em dois sacos plásticos pequenos; |
Testar a drenagem dos equipos de perfusão, juntamente com o cirurgião, liberando cuidadosamente as pinças de tubo da veia porta e artéria aorta, depois pinçá-las; |
Pedir à circulante, na iminência de clampear aorta, para retirar os frascos secos das soluções fisiológicas e colocar 04 soluções de preservação geladas em cada entrada do equipo. |
No momento da perfusão |
Iniciar a perfusão quando clampear a aorta, verificando o horário para depois anotar o início da isquemia fria; |
Liberar, primeiramente, a pinça de um dos lados do equipo que irá irrigar a aorta verificando se o fluxo está contínuo e depois liberar a outra pinça do equipo da veia porta, observando a drenagem pelo catabolha. Avisar ao médico caso cesse ou diminua a irrigação. Quando terminar o primeiro lado do equipo liberar o outro; |
Observar quando finalizar a drenagem da solução de preservação e anotar término da perfusão; |
Pedir à circulante durante o processo de perfusão para fazer compressão nas soluções para drenar mais rápido e, assim, diminuir o tempo da perfusão, se necessário; |
Pedir à circulante para avisar, imediatamente, ao enfermeiro do C.C. do hospital transplantador se o fígado é viável para o implante, conforme informação do cirurgião após término da perfusão. |
Na preparação da Back Table
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Colocar um saco grande estéril sobre a bacia, cobrindo as bordas da bacia; |
Quebrar o soro fisiológico congelado em pedaços pequenos colocando no primeiro saco grande estéril sobre a bacia; |
Colocar o segundo saco plástico grande sobre o gelo picado, cobrindo também a bacia; |
Colocar o terceiro saco plástico grande dobrado próximo à bacia; |
Solicitar dois pares de luvas estéreis para o cirurgião, expondo sobre a Back Table; |
Organizar o instrumental cirúrgico da caixa Back Table, fios, a seringa de 60 ml e de 20 ml; |
Deixar todo o material organizado e protegido com campo estéril até a chegada do fígado. |
Na preparação do fígado na Back Table
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Entregar a bacia com os sacos estéreis e o gelo picado para o cirurgião colocar o fígado; |
Solicitar ao cirurgião a liberação das pontas do equipo, colocar a ponta da irrigação da veia porta na Back Table e desprezar o outro equipo que estava na artéria aorta; |
Auxiliar o cirurgião ao preparar o fígado, observando a presença de lesão e variações anatômicas e depois registrar na ficha do doador; |
Pedir para a circulante colocar outra solução de preservação no equipo da veia porta; |
Primeiramente, perfundir a veia porta pela sonda nelaton nº 12, depois a artéria por meio de uma ponteira e com a mesma ponteira perfundir o colédoco; |
Entregar ao cirurgião a seringa de 60 ou 20 ml para verificar a integridade dos vasos; |
Auxiliar o médico a fechar o primeiro saco, depois amarrar o segundo saco, colocando-os no terceiro saco e amarrando todos com fita cardíaca; |
Acondicionar o fígado na caixa térmica contendo gelo comercial em cubos; |
Vedar a caixa térmica com fita adesiva, mantendo o órgão a uma temperatura de 4ºC; |
Identificar a caixa térmica, colocando um rótulo com: nome (iniciais do doador), número do Registro Geral da Central de Transplantes (RGCT), data da captação, causa do óbito, idade, peso, grupo sanguíneo, horário do clamp da aorta e qual e quantidade da solução de preservação; |
Receber da instrumentadora os enxertos venoso e arterial imersos na solução de preservação, acondicionando-os no primeiro saco pequeno estéril; |
Colocar os enxertos, venoso e arterial, acondicionados na primeira embalagem em outro saco plástico secundário; |
Entregar os enxertos à circulante para identificar a embalagem secundária com tipo de material, com os dados do doador (nome completo, tipo sanguíneo, data, peso, idade, causa do óbito) e armazenar na caixa térmica próximo ao fígado. |
Conferir e acondicionar todo o material contaminado em saco plástico; |
Depositar material perfurocortante em recipiente adequado; |
Concluir o preenchimento da ficha do doador; |
Preencher folha de gasto do material médico-hospitalar; |
Providenciar o transporte para retornar ao hospital, com os materiais devidamente acondicionados e organizados no carrinho de transporte. |