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Envelhecer com deficiência física: experiência permeada pelo estigma, isolamento social e finitude

Resumo

Objetivo:

Compreender a experiência de envelhecer na perspectiva de pessoas idosas com deficiência física.

Método:

Estudo de abordagem qualitativa que entrevistou 15 pessoas integrantes da Associação Mato-grossense de Deficientes. Os depoimentos foram obtidos de Julho/2016 a Junho/2017 na região metropolitana de Cuiabá/Brasil. Os dados foram organizados em categorias temáticas e analisados com base na fenomenologia social de Alfred Schütz.

Resultados:

Evidenciou-se que o estigma permeia a experiência da deficiência física inclusive na velhice. A perpetuação do estigma traduz-se em identidade deteriorada, isolamento social, ausência de perspectivas e aceitação da finitude como inevitável, contribuindo para uma experiência negativa na velhice.

Conclusão e implicações para a prática:

A experiência de envelhecer com deficiência física tem caráter intrinsecamente multidimensional, confrontando trajetórias de vidas complexas e contextos sociais hostis à diversidade corporal, os quais necessitam ser considerados nas políticas públicas, por gestores de serviços e profissionais envolvidos nos processos de cuidados à pessoa idosa com deficiência física.

Palavras-chave:
Pessoas com Deficiência; Envelhecimento; Pesquisa Qualitativa

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