Resumo
Objetivo:
Identificar se as visitas domiciliares registradas pela estratégia saúde da família são proporcionais à população registrada e à população coberta pela estratégia, e sua relação com a taxa de internação por condições sensíveis a atenção básica.
Método:
Foram coletados dados secundários do Sistema de Informação da Atenção Básica e Sistema de Informações Hospitalares referentes a: cobertura populacional potencial, número de visitas realizadas, internações por doenças sensíveis a atenção básica. Foi realizada análise exploratória com agrupamento dos dados por triênio (2010-2012 e 2013-2015) e atribuição de escores para cada variável, permitindo estabelecer a classificação a baixa, média e alta.
Resultados:
Identificou-se que a quantidade de visitas domiciliares registradas não atende a cobertura populacional estimada, assim como não impacta nas internações sensíveis à atenção básica.
Conclusão e implicações para a prática:
Mesmo com elevada cobertura da estratégia saúde da família, as visitas domiciliares ainda não são o principal foco dos enfermeiros. As visitas domiciliares deveriam ser utilizadas como ferramenta de prevenção de doenças e promoção da saúde, o que talvez explique a não redução das internações sensíveis à atenção básica.
Palavras-chave:
Estratégia Saúde da Família; Visita Domiciliar; Atenção Primária à Saúde