Resumo
Objetivo:
Descrever as experiências vivenciadas pelas mães frente à morte do filho.
Método:
Pesquisa descritiva exploratória qualitativa realizada em Guarapuava-PR, junto a seis participantes do grupo "Marias" que reúne mães que perderam seus filhos e compartilham suas vivências além de ajudar outras mulheres espontaneamente no processo de luto. A coleta de dados ocorreu de maio e agosto/2017, por meio de grupo focal. As falas foram organizadas pelo software Iramuteq® e analisada segundo Creswell.
Resultados:
Idade variou entre 28 a 40 anos, maioria casadas e católicas. As categorias expressam a necessidade fortalecer vínculos e criar meios em que possam se expressar; importância da rede social para acolher o luto; relevância do atendimento ético e humanizado e a identidade grupal como elemento promotor da resiliência.
Conclusão e Implicações para a prática:
Descrever as potencialidades e fragilidades no processo de perda e luto possibilita qualificar e humanizar o cuidado, com a superação de lacunas assistenciais estimulando a criação de espaços criativos e dialógicos no acolhimento materno. Estes resultados podem orientar a abordagem profissional ao considerar o contexto cultural, social e fatores de risco em que as mães vivenciam, ao apoiar o desenvolvimento de habilidades resilientes e possibilitando um cuidado humanizado e individualizado.
Palavras-Chave:
Resiliência Psicológica; Atitude frente à morte; Relações Mãe-Filho; Luto