RESUMO
Objetivo
Analisar as concepções das enfermeiras obstétricas egressas do curso de residência sobre a formação e prática na assistência ao parto normal.
Método
Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada com 13 enfermeiras obstétricas em duas maternidades públicas do Rio de Janeiro, Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual, semiestruturada e análise hermenêutico-dialética.
Resultados
Apesar dos contrassensos e dicotomias presentes no processo de formação, verificou-se nos depoimentos que houve superação no conhecimento e na prática profissional, que possibilitou a constituição de uma práxis obstétrica integradora, consciente dos princípios humanizados na assistência ao parto normal, sustentando a construção de novos caminhos para a enfermagem obstétrica.
Conclusão e implicações para a prática
A formação na residência promoveu segurança às enfermeiras, em sua práxis assistencial, contribuindo para a reformulação social, cultural e política do modelo obstétrico intervencionista. A residência envolve uma nova e desafiadora modalidade de formação para o cuidado de enfermagem na área, exigindo conhecimento específico e ético. O estudo evidencia a necessidade de inserção das enfermeiras obstétricas egressas na prática da assistência ao parto de risco habitual, ampliando o espaço de atuação dessas profissionais.
Palavras-chave:
Saúde da Mulher; Enfermeiras obstétricas; Parto normal; Educação em Enfermagem