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O pastor psicanalista Oskar Pfister: um legado de desconforto

Artigo derivado da dissertação de mestrado O legado de Oskar Pfister : um percurso cristão na psicanálise (Universidade de São Paulo - 1999). Toma a motivação do pastor luterano e discípulo de Freud, Oskar Pfister (1873 - 1956) para adotar a psicanálise como modelo de sua clínica, para nomear os temas centrais presentes na produção desse autor, os quais determinam sua peculiaridade com relação à apresentação de Freud: a aceitação da força vital única em oposição à dualidade pulsional freudiana; a apresentação da noção de sublimação consciente; e a proposta da análise moral assumida por um analista idealista. Procura , então, apontar a relevância e a atualidade do estudo do campo posto por essas proposições, indicando a especificidade do campo transferencial que delas deriva. A organização psicanalítica das múltiplas visões de mundo compartilhadas na contemporaneidade e a compreensão da dimensão da consciência é apontada, pois, como questão de investigação. Relaciona a experiência concreta do analista frente aos temas evocados por Pfister a um legado de desconforto, o qual é acolhido pelo analista empenhado em examinar suas crenças pessoais e, por fim, sugere que esse desconforto pode ser compreendido como um contraponto necessário ao desamparo constitutivo essencial ao analista, assinalado pela psicanálise.

Força vital; Sublimação consciente; Analista idealista; Crenças do analista; Desconforto - desamparo


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