Este depoimento representa mais uma lição de vida que um estudo teórico. Os três anos de trabalho voluntário na Associação dos Portadores de Epilepsia de Minas Gerais me permitiram conhecer e assistir a alguns portadores e ex-portadores de epilepsia e suas histórias, permeadas pelo sofrimento e pela esperança. Hoje, sabe-se que a epilepsia ainda não possui uma definição satisfatória que nomeie a sua etiologia. Considerada como sintoma, ela apresenta um amplo e complexo quadro de crises. O sofrimento desse sujeito revela formas de subjetivação alicerçadas na impotência. Tal sentimento revela um pedido de acolhimento e respeito por parte da sociedade.
Epilepsia; Psicanálise; Subjetividade; Cidadania