Este estudo analisa a tríade educação, trabalho e cidadania, trazendo à cena a presença dos educadores de rua junto aos aprendizes das calçadas que, na década de 90, retomam as ruas da cidade como local privilegiado de construção de suas existências. A partir da interferência de uma acepção de cidadania a ser produzida, novos sentidos vão-se constituindo com relação ao significado do trabalho na vida de meninos e meninas que circulam nas ruas da cidade. Nas ações empreendidas por esses educadores, a questão do trabalho como única saída para crianças e jovens empobrecidos perde a proeminência, tornando-se apenas uma das dimensões que a vida comporta. Diante dos aprendizes das ruas, buscamos dar visibilidade à multiplicidade de vínculos, variações e peculiaridades estabelecidas nos afazeres entre educadores e aprendizes: espaço de convivência, de socialização, do exercício do lúdico, da expansão de habilidades artísticas, entre outros, configurando-se em práticas educativas inovadoras.
Trabalho; Educação; Cidadania; Subjetividade