Este trabalho buscou compreender e refletir sobre a formação do psicólogo. Utilizando a pesquisa qualitativa, objetivou-se conhecer o impacto dessa realidade nas vivências do aluno, enquanto plantonista, e verificar se essa inserção favoreceria a instalação de uma consciência crítica de nossa realidade social. Utilizou-se a técnica de grupo focal, numa amostra de trinta e oito alunos, cujo material foi analisado em análise temática. O recorte foi um estágio desenvolvido em plantão psicológico, realizado numa clínica-escola de uma universidade particular da zona leste de São Paulo, cujo atendimento se aproxima das necessidades da comunidade. Os resultados mostram que a inserção do graduando no plantão psicológico trouxe desilusões e rupturas das certezas instituídas nos fazeres e saberes do trabalho psicológico, o que contribuiu para uma nova construção na maneira de olhar para antigas questões e legitimar a necessidade de revisão e questionamento de nossas práticas cotidianas, contextualizadas na realidade de nossas populações.
Recursos humanos em saúde; Psicologia aplicada/ética; Serviços comunitários de saúde mental; Prática profissional