Neste artigo, temos por objetivo investigar os fundamentos e as bases do pensamento fenomenológico e existencial advindos da Psicologia de William James no que diz respeito à noção de consciência, método e prática clínica. Para tanto, analisamos algumas obras de James e dividimos as suas propostas em três momentos distintos: pragmatismo, funcionalismo e empirismo. Por meio das elaborações em cada um desses momentos, tentamos esclarecer os pontos de encontro e os pontos de desencontro com os pensamentos fenomenológico e existencial. Concluímos que o ponto de encontro diz respeito à tentativa de não objetivação da consciência. Quanto ao desencontro, consideramos que James ainda toma a consciência como objeto da Psicologia e que a fenomenologia e as perspectivas existenciais se afastam da ideia de objeto, uma vez que não consideram a consciência contraposta ao mundo. Outro desencontro apresenta-se na acentuada divergência entre James e o pensamento fenomenológico e existencial no que se refere ao método e à prática bem como aos objetivos da clínica.
James (William); Fenomenologia existencial; Psicologia e Filosofia; Consciência