Diversos foram os documentos elaborados por ocasião das conferências nacionais e internacionais sobre o meio ambiente. Parte desses documentos serviu como referência para que nações elaborassem políticas públicas de proteção e fiscalização ambiental. Entretanto, os resultados dessa produção documental ainda deixam muito a desejar diante dos índices que medem o avanço predatório de exploração da natureza em escala mundial. O objetivo do presente estudo teórico e documental consiste em analisar documentos elaborados em conferências internacionais sobre meio ambiente e seus desdobramentos na vida das cidades, com enfoque na problemática da subjetividade e, mais especificamente, do desejo. Na parte teórica, investiga-se a noção de sustentabilidade, mostrando que a preocupação com a natureza envolve as relações entre a população e as cidades. Na parte documental, são analisados fragmentos do documento chamado Agenda 21 no que se refere especificamente à conexão entre sustentabilidade, espaço urbano e mobilização social. Como resultado, constata-se o quanto as cidades estão diante do desafio de construir modos de vida sustentáveis que tem seu maior diferencial nas relações sociais e afetivas. Portanto, a mobilização coletiva e desejante das populações voltada para a preservação ecológica converte-se em um desafio a ser enfrentado também pela Psicologia.
Agenda 21; Sustentabilidade; Espaço urbano; Subjetividade; Psicologia