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A Transgeneridade como Resistência a uma Lógica Totalitária: Uma Leitura a partir da Teoria do Self Gestáltico

Transgenderism as Resistance to a Totalitarian Logic: A Reading from the Gestalt Self Theory

La Transgeneridad como Resistencia a una Lógica Totalitaria: Una Lectura de la Teoría del Self Gestáltico

Resumo

Este trabalho trata-se de um estudo teórico de caráter qualitativo e fenomenológico, sobre como a teoria do self gestáltico pode contribuir com as produções sobre a transgeneridade. Foram articulados ao longo do estudo autores como Lévinas, Agamben e Foucault como problematizadores da questão da transgeneridade como fenômeno social com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de aspectos sociais implícitos aos fundamentos da Gestalt-terapia. Para isto, foram tomados discursos divulgados em mídia nacional sobre a experiência de participação de uma mulher transgênero num campeonato esportivo de grande reconhecimento que foram analisados usando o método fenomenológico de redução psicológica articulados com os conceitos de Alteridade, Vida nua e Biopoder. Os principais achados foram que a teoria do self possui uma dimensão social pouco explorada que pode viabilizar novas formas de atuação e reflexão por parte de seus atores, e que, quando vista pelo viés desta teoria a transgeneridade, apresenta-se contemporaneamente como uma produção que demanda acolhimento e luta por produções de espaços onde seja possível construir uma representação objetiva socialmente válida e eticamente integrada.

Transgeneridade; Teoria do Self; Gestalt-terapia; Pós-modernidade

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