Resumo
Atualmente, aponta-se que a prevalência de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista é de uma criança para cada sessenta e oito. Diante disso, aventa-se a possibilidade de uma epidemia. Este trabalho tem como objetivo tecer considerações a respeito do aumento de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista contemporaneamente. A partir de uma investigação teórica, procurou-se conjecturar hipóteses para esse fenômeno e suas devidas implicações para a prática clínica do psicólogo. Foram realizadas pesquisas em bases de dados como PubMed, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia Brasil. Os dados epidemiológicos encontrados apontaram para um aumento significativo do diagnóstico nos últimos anos, o que provocou uma questão sobre essa possível epidemia. Esses achados nos fizeram supor que tal aumento se edifique pela articulação entre as perspectivas psiquiátrica e social. A discussão dessa hipótese sustenta, então, que a prática do psicólogo diante da demanda referente ao sofrimento na infância deve ser pautada por um posicionamento ético e por uma clínica atenta ao cuidado.
Palavras-chave:
Autismo; Diagnóstico; Epidemia; Psicologia