RESUMO
Dois ensaios de campo foram conduzidos nos municípios de Monteiro, PB, e Surubim, PE, Brasil, no ano agrícola de 1992, com o objetivo de se avaliar a pulverização eletrostática frente à convencional, na cultura do algodoeiro, em duas fases de desenvolvimento das plantas, aos 30 e 80 dias após a germinação, sob condições de sequeiro. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com cinco repetições e esquema de análise fatorial (23 x 32 + 1) sendo 23 representando os fatores pulverização, pressão e faces da folha (superior e inferior); (32): posição e altura da planta (1): testemunha. A cultivar foi a CNPA precoce 1, plantada no espaçamento de 1m entre fileiras, com 50.000 pl/ha. Para a coleta das populações de gotas, utilizaram-se etiquetas hidrossensíveis e, para a sua caracterização, empregou-se um analisador de imagem, o Optomax V. A análise dos dados de gotas/cmM2 e a percentagem de área coberta demonstraram que na face superior das folhas do algodoeiro não houve diferença significativa entre as pulverizações estudadas, porém a pulverização eletrostática apresentou maior número de impactos na face inferior, possivelmente pela atração da gota carregada eletricamente pelo objeto de tratamento; entretanto, tal procedimento não permite uma difusão sistemática desta técnica para o cultivo do algodão, nas condições em que se realizaram os ensaios.
Palavras-chave:
algodão; pulverização convencional; pulverização eletrostática; depósito de gotas