Em 1996 foram instalados, num dos córregos da Fazenda Experimental da Universidade de Brasília, um linígrafo e três pluviógrafos, iniciando-se, assim, a medição de algumas variáveis hidrometeorológicos referentes à bacia do córrego Capetinga. Conhecendo-se as médias mensais da vazão e as médias específicas, traçaram-se as respectivas curvas de permanência das vazões médias mensais desse córrego. Dessas curvas, extraíram-se os valores da vazão associada à permanência de 95% (Q95) e da vazão específica associada à permanência de 95% (q95). Não houve discrepância entre os valores de q95 e a razão entre Q95 e a área da bacia. Através da distribuição de valores extremos do tipo 1 ou de Gumbel, determinaram-se os períodos de retorno das vazões máximas instantâneas anuais e das mínimas anuais, com duração de sete dias. Calcularam-se, também, os eventos esperados dos máximos anuais e dos mínimos com a mencionada duração, para os períodos de retorno de 5, 10, 20, 50 e 100 anos. Verificou-se que a distribuição de Gumbel, no caso dos máximos, adaptou-se muito bem tanto na descrição dos eventos simulados quanto na descrição dos eventos observados, ao passo que no caso dos mínimos não houve discrepância, seja nos eventos simulados ou nos observados.
gestão de recursos hídricos; máximos e mínimos anuais; vazão