Avaliou-se, em casa de vegetação, o efeito de doses variando de Cu (0 a 5,0 mmol kg-1) e de Zn (0 a 2,0 mmol kg-1) adicionados em um Cambissolo na produção de matéria seca e composição mineral do feijoeiro. Adicionaram-se, separadamente, as doses de metais no solo e, após 30 dias de cultivo do feijoeiro, determinaram-se a matéria seca e os teores de Cu e Zn na parte aérea e raízes. Os teores dos metais nos tecidos das plantas foram correlacionados com os respectivos valores extraídos pelas soluções de NH4OAc 1,0 mol L-1 pH 4,8 e pH 7,0 e DTPA 5,0 mmol L-1 pH 6,8 e os teores de Cu da parte aérea e raiz aumentaram proporcionalmente às doses dos metais adicionadas ao solo. O acúmulo de Cu na raiz foi até 10 vezes superior ao da parte aérea, e aumentou com a dose de Cu até 5,0 mmol kg-1 de solo. O feijoeiro não apresentou sintoma de fitotoxicidade e o teor de Cu da parte aérea não ultrapassou o nível considerado normal. O extrator DTPA apresentou a melhor correlação de Cu no solo com os teores da parte aérea e da raiz. Os teores de Zn dos tecidos de feijoeiro aumentaram com o acréscimo das doses do metal no solo. O teor de Zn na raiz, 330 mg kg-1, foi superior ao da parte aérea da planta, 310 mg kg-1, mas não reduziu a produção de matéria seca nem apresentou sintomas de toxicidade nas folhas. As três soluções extratoras apresentaram alta correlação com os teores de Zn na parte aérea e na raiz do feijoeiro.
Phaseolus vulgaris; metais pesados; poluição do solo