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As províncias da angústia (Roteiro de viagem)

O presente trabalho tem como propósito sugerir que, embora as teorizações freudianas relativas à angústia tragam as marcas da Matriz Funcionalista provenientes da funda inserção do autor no campo da biologia evolucionista do século XIX, aqui como em outras partes, a pesquisa psicanalítica leva Freud a romper com alguns dos pressupostos do funcionalismo. Basicamente, as ênfases na adaptação, na auto-equilibração e na temporalidade concebida em termos de evolução e desenvolvimento devem ceder terreno diante de uma consideração mais detida da angústia na experiência humana. É a partir daí que uma interlocução com os filósofos Heidegger e Lévinas pode ser procurada como meio de facilitar a emergência no próprio corpo teórico e clínico da Psicanálise de algumas perspectivas já entrevistas por Freud e que não poderiam ser plenamente acolhidas enquanto o pensamento psicanalítico permanecesse sob o domínio do funcionalismo.


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