Pretendendo ver além da teatralidade e sedução na histeria, este artigo procura situar e desenvolver a hipótese de que a psicopatologia da melancolia pode constituir um paradigma para a compreensão do sofrimento na histeria.
Transitando entre a falta e o vazio, o sujeito que tem suas defesas histéricas desorganizadas pelo fracasso do ideal fálico modifica o seu discurso e, de alguém insatisfeito por não ter nada, passa a sentir-se alguém que não é nada.
Partindo de um material clínico relaciona-se a especificidade do sofrimento histérico à melancolia e ambos a uma problemática da feminilidade.