Neste artigo, pretendemos trazer à discussão os mecanismos de controle social que se desenvolveram em torno dos doentes mentais criminosos, sob a forma de saberes e práticas institucionalizadas. Tais saberes e práticas organizam-se segundo as estratégias médico-psiquiátrica e jurídico-penal. Através da reconstrução do caso de um paciente internado em um Hospital de Custódia e Tratamento, tentaremos demonstrar como se articula em torno da noção de periculosidade uma rede que envolve saberes, práticas, instituições e leis. Com isso podemos examinar a formação de uma nova subjetividade: o estranho sujeito da periculosidade.
Controle social; loucura criminal; hospitalização; saúde comunitária