Por intermédio do estudo da etimologia do termo pathos é apresentado as transformações e sentidos que as concepções concernentes tomaram ao longo do tempo. Inicialmente é mostrado que pathos tomou o sentido principal atual de doença, mal-estar. Porém, é logo esclarecido que pathos na sua origem é principalmente disposição afetiva fundamental, conforme a leitura de Heidegger. É mostrada a importância de pensar a psicopatologia e toda ou qualquer clínica como sendo relacionada à disposição. Neste sentido, a concepção kantiana de pathos como paixão que o sujeito está assujeitado é uma das maneiras que pode tomar a disposição afetiva fundamental. Acrescenta-se que o pathos cartesiano que domina o homem moderno e o fazer clínica como sendo daquele homem que duvida e busca então a certeza diferentemente do pathos grego dominado pelo espanto e pela discursividade. Pathos é pensado como sendo algo inerente ao ser humano e por isso mesmo qualifica o estudo de tudo o que diz respeito a este termo como sendo algo próprio do humano.
Psicopatologia; ontologia; etimologia; disposição