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O caso-limite e as sabotagens do prazer

O que apresentarei a seguir tem diversos pontos de apoio. Em primeiro lugar, me apoiarei em algumas idéias de André Green que enfatiza a importância do conceito de “limite” como um operador substantivo do pensamento psicanalítico e em suas indicações acerca das angústias básicas presentes nos borderline. Em seguida, contemplarei as observações de alguns autores que coincidem na identificação de uma problemática básica nos chamados casos-limite: tratar-se-ia sempre de uma an-estruturação (Bergeret) ou de uma falta de coesão egóica (Meissner). Também levarei em consideração as observações e teorizações de Kernberg e de Horner acerca dos padrões oscilatórios na afetividade destes pacientes.

Sugiro que as teorias de Federn e as de Fairbairn, embora representando concepções e pressupostos antagônicos acerca do psiquismo, possam ser mobilizadas para uma melhor compreensão dos problemas da constituição subjetiva dos pacientes borderline. Apoiado em um pequeno texto de Pontalis, proponho uma articulação destas idéias federnianas e fairbairnianas com alguns aspectos da teorização de Freud. Levantarei então algumas questões relativas à dificuldade desses indivíduos obterem prazer e sustentarem um estado de satisfação.

Caso-limite; narcisismo; esquizoidia; Federn; Fairbairn


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