Retomando o debate sobre “sexualidade e preconceito”, o texto discute por que a sexualidade continua sendo o grande enigma do ser humano. Embora tenham ocorrido tantas “evoluções”, tabus e preconceitos em relação à sexualidade continuam a existir. Para lançar alguma luz sobre a questão, o autor faz uma rápida digressão histórica para contextuar o pensamento ocidental em relação à sexualidade desde os primórdios do Cristianismo até o surgimento do discurso psiquiátrico no século XIX. Em seguida, é analisado o impacto causado pela teoria psicanalítica neste pensamento.
Com base nas noções introduzidas pela psicanálise – sobretudo o recalcamento e os ideais – a origem do preconceito é analisada e suas conseqüências debatidas seja no âmbito social como na clínica psicanalítica e na escuta do psicanalista.
Como forma de evitar o preconceito, o autor propõe que as manifestações da sexualidade sejam compreendidas como soluções particulares que cada ser humano tem de dar diante do enigma de sua própria organização pulsional.
Sexualidade; preconceito; perversão; ideais; recalque