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A “adoção psíquica” e suas dificuldades

Visando prevenir distúrbios psíquicos precoces, nós nos interessamos pela articulação do psicanalista com o pediatra e a assistente social no atendimento público de nossa região. Neste contexto, apresentamos reflexões surgidas no Centro Médico Psicopedagógico Infantil, CEMPI, desenvolvidas pelo Grupo Psicanálise e Pediatria.

Procuramos entender fatores em causa na adoção, e nos seus impedimentos. Estabelecemos a hipótese de que é a assunção da fantasia relacionada com a criança que dá lugar à adoção da fantasia realizando assim a “adoção psíquica”. Dificuldades no investimento dos pais se traduzem em transtornos da “adoção psíquica”. Distinguimos: adoção bem-sucedida, adoção recusada (autismo), abandono e adoção não decidida.

Tentamos desenvolver os conceitos propostos buscando basear a construção de suas formulações na literatura e em situações clínicas. A necessidade de formular esses conceitos e suas articulações justifica-se pelo entendimento de que as situações clínicas a eles associadas são terreno de escolha para a intervenção precoce.

Adoção psíquica; adoção recusada; autismo infantil; adoção não decidida; obsessionalização da maternagem; abandono; fantasia de gravidez; luto


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