Este trabalho aborda a questão do pânico pensado como uma falha do recalque primário. As mensagens sexuais maternas, implantadas com violência, impedem a metabolização e ficam como corpos estranhos não ligados que reaparecem sem nexo, impossibilitando sua entrada numa cadeia significante. Neste caso, os medos não são substituição de nada e, sim, a presença atual dos significantes não-metabolizados. O trabalho do analista é possibilitar que se criem novos laços onde faltou palavra.
Recalque primário; pânico; representação-coisa; angústia catastrófica