Este artigo aborda o tema da clínica institucional com toxicômanos, referenciada na orientação psicanalítica. Apresenta um dispositivo de leitura e intervenção utilizado no processo de tratamento de tal forma que respeita um tempo subjetivo e lógico, viabilizando as condições para um sujeito desejar. Aponta para a potencialidade deste recurso tanto na abordagem individual quanto na institucional, tornando evidente seu alcance terapêutico e indicando a possibilidade de associar estas duas abordagens. Os quadros toxicomaníacos foram considerados como “operações de farmakon” e não estruturas clínicas, auxiliando, assim, a esclarecer a situação psicopatológica do paciente e a intervir clinicamente nas toxicomanias graves e naquelas menos graves.
Toxicomanias; psicanálise; clínica institucional; sintoma social; drogas