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O tema do duplo pode esclarecer sobre o autismo e a linguagem?

A origem deste artigo foi o interesse pelo tema do duplo, no contexto do tratamento dos distúrbios psíquicos severos da criança. Surgiram então questões tão distintas que podem apenas ser indicadas aqui, embora tenham esta origem comum. Se forem pertinentes, elas exigirão um desenvolvimento próprio posterior, na confrontação com a clínica: Como as crianças, e as crianças autistas, começam a falar? Qual o papel do "duplo idênticodo "duplo diferente", e da duplicação na subjetivação, assim como na aquisição da linguagem? Quais os significados da inversão especular? Quais os diferentes "níveis de reconhecimento da imagem especular" ? O que há de êxito e de tropeço na ecolalia? Ε possível articular literalidade e lateralidade? Ε comparar a repetição na psicose e no luto? Mesmo a partir de um ponto de vista lacaniano, referimo-nos, sobre a duplicação, a textos kleinianos esclarecedores. Parece necessária uma maior articulação entre a predominância da palavra e do olhar no investimento da criança, e seus eventuais desdobramentos. As crianças citadas foram observadas por terapeutas no CEM PI, ou em atividades do cotidiano, ou numa psicoterapia na instituição (dois últimos casos).

Duplo; autismo; ecolalia; inversão especular; alienação imaginária e simbólica; reconhecimento especular; literalidade; lateralidade


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