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Aspectos psicopatológicos da clínica com bebês: a função da pulsão ativa na constituição psíquica precoce em casos de depressão materna* * Artigo baseado em dissertação de mestrado defendida na PUC/SP, Programa de Psicologia Clínica, Núcleo de Psicanálise, em maio de 2002 e desenvolvida no Laboratório de Psicopatologia Fundamental da PUC/SP, com apoio da Fapesp. No mesmo ano, recebeu menção honrosa no Prêmio Pierre Fédida de Psicopatologia Fundamental, entregue em Recife, em setembro/2002.

Este artigo pretende investigar a clínica com bebês desde o ponto de vista da depressão materna. Primeiro, avaliando os efeitos da depressão materna e de crises agudas de angústia da mãe sobre o bebê recémnascido. Segundo, investigando as reações do bebê à depressão, partindo da observação de que, ao contrário do que se pensa normalmente, os bebês são capazes de reagir, defender-se e oferecer saídas em condições de intensa carga afetiva, tal como o são a depressão ou crises de angústia excessiva, como o pânico.

Elabora-se, então, a hipótese de o bebê funcionando como um “anteparo à angústia materna” e minimizando os efeitos da angústia para a mãe e para si. Tal hipótese traz novas e importantes aberturas para a clínica, uma vez que permite que novas formas de intervenção sejam realizadas diretamente com os bebês, ampliando assim o horizonte clínico e criando indagações ainda incipientes no tocante à psicopatologia e metapsicologia psicanalíticas.

Depressão materna; clínica com bebês; angústia; pulsão ativa


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