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Significação e limite da linguagem na formação psicoterapêutica1 1 Tradução de François Bideaux e Joël Bouderlique, a partir do texto alemão intitulado “Bedeutung der Sprache in der psychotherapeutischen Ausbildung. Tradução para o português, de Monica Seincman. Publicado originalmente em Pierre Fédida et Jacques Schotte (org.). Psychiatrie et existence. Grenoble: Editions Jérôme Millon, 1991, p. 199-212.

As principais escolas de psicoterapias profundas na cultura ocidental têm sua origem na psicanálise freudiana. Apesar das divergências mais ou menos importantes nas teorias e práticas, elas partilham todas um princípio essencial, a saber: que a experiência pode ser verbalizada. Em geral, e principalmente nas culturas ocidentais, experimentar algo significa construir em si uma realidade dada, de modo que ela possa ser verbalmente transmitida ao outro. É somente pela comunicação verbal que a realidade experimentada pode ser partilhada com os outros, comunicando, assim, o domínio intersubjetivo comum. Este artigo examina as diferenças consideráveis nas apreensões culturais da experiência e na maneira da realidade se manifestar, retirando conseqüências apara a atividade psicoterapêutica.

Psicanálise; comunicação verbal; cultural ocidental


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