A despeito da ampla utilização do dispositivo “técnicos de referência” como forma de organizar a atenção nos Caps e outros equipamentos da reforma psiquiátrica, permanecem ainda restritos os debates e análises de suas limitações e potencialidades. Discutiremos aqui caminhos para que a organização de serviços com base em técnicos de referência não seja capturada pela administração burocrática, perdendo sua potência transformadora. Baseando-nos na clínica proposta por Winnicott, discutiremos também os problemas decorrentes da noção de “vínculo” – inerente ao dispositivo em questão – quando transposto para os serviços substitutivos de saúde mental.
Reforma psiquiátrica; centros de atenção psicossocial (CAPS); instituição pública; serviços de saúde mental