O psiquiatra brasileiro Arthur Ramos dá continuidade à tradição de uma abordagem antropológica e cultural dos fenômenos psicopatológicos iniciada por Raimundo Nina Rodrigues. Na primeira metade do século XX, Ramos estuda o fenômeno da loucura através de uma interlocução com a psicanálise e com a antropologia. Sua contribuição situa-se além do referencial estritamente psicopatológico, permitindo, também, uma interrogação fecunda sobre os processos de subjetivação próprios aos contextos culturais brasileiros, sobretudo o dos pobres e o dos negros.
Psicopatologia; loucura; psicanálise; antropologia; cultura